Jongo da Serrinha - 2002 - CD/Livro - Independente
01. Bendito / Pisei na Pedra / Boi Preto / Eu Chorei0; 02. Vapor da Paraíba; 03. Guiomar; 04. Caxambu de Sá Maria; 05. Ai Morena / 13 de Maio; 06. Finca Tenda (Seu Vito) / É de Lorena / Jongueiro Bom; 07. Caxinguelê; 08. Coitado do Zé Maria; 09. Eu num é Doutô / Desaforo / Carnero tá na Serra; 10. Mamãe Foi Pro Jongo / Papai Subiu o Morro de São José / Maria Sunga a Saia / Eu Tenho Pena; 11. Saracura; 12. Bana Cum Lenço / Vou Caminhar / Bênção de Deus;
A associação Grupo Cultural Jongo da Serrinha (GCJS) foi criada em 2000 com o objetivo de dar continuidade aos trabalhos de preservação do patrimônio histórico do jongo e assistência social desenvolvidos há mais de 40 anos por Vovó Maria Joana Rezadeira e Mestre Darcy do Jongo.
Com sete anos de existência, a ONG já recebeu diversos prêmios entre eles o Itaú-Unicef e a Medalha de Ordem ao Mérito Cultural do Ministério da Cultura. O GCJS tem duas missões institucionais: educar e capacitar crianças e jovens e preservar o jongo como Patrimônio Imaterial. Como estratégia, desenvolve atividades de arte-educação e memória oral diárias e cria produtos como discos, livros, filmes e espetáculos que envolvam, da criação à produção, moradores da Serrinha. A Escola de Jongo funciona em 3 espaços da comunidade: no Centro Cultural Jongo da Serrinha, na Biblioteca Comunitária Resistência Cultural da Serrinha e no Terreiro Vovó Maria Joana.
O projeto é financiado pelo Ministério da Cultura, Prefeitura do Rio e Criança Esperança e sua base pedagógica é a cultura afro e as tradições e memória da Serrinha. Este disco foi lançado em 2002, produzido independente pelo próprio Jongo da Serrinha. Contudo, a edição de 4 mil cópias está esgotada.
O jongo é uma herança cultural trazida da África pelos negros bantus, da região do Congo-Angola, para as fazendas de café do Vale do Paraíba durante o período da escravidão. Com a Abolição, muitos libertos migraram para a então capital do país, o Rio de Janeiro, formando as primeiras favelas cariocas. É uma das pontes entre a arte musical dos terreiros e as manifestações populares. Considerado como o ritmo “pai do samba”, o jongo quase foi extinto durante o século passado. O Morro da Serrinha, em Madureira, na zona norte, é uma destas favelas centenárias da cidade do Rio e o único núcleo tradicional de jongo da cidade. Contudo, em 2005, o jongo foi tombado pelo IPHAN como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio e as ações positivas de divulgação do Jongo da Serrinha vêm fortalecendo esta tradição.
Para ouvir a faixa 2, "Vapor da Paraíba", clique abaixo:
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