Wednesday, November 29, 2006

Candomblé Gêge - Ijexa- Kêto – Volume 2 - 1987

Candomblé Gêge - Ijexa- Kêto – Volume 2 – (Cáritas – 1987)1.Oxumaré; 2.Ágüe; 3.Iansã; 4.Oxum; 5.Logun edé; 6.Iemanjá; 7.Nanã; 8.Oxalá;
Pai Arlindo Pereira do Rio com o coro dos filhos do templo Xangô Airá Aufungêge. Pai Arlindo e seus filhos nesse disco já desenvolvem algo raro: alguns cantos são em português, algo muito mais observado em Candomblés de raiz Bantu e/ou somente nos Candomblés de Caboclo, mas aí não estamos mais falando de culto Lesè Orixá... as observações para este disco são as mesmas do volume 1.


Para ouvir a faixa 3, "Iansã", clique abaixo:


Candomblé Gêge- Ijexa- Kêto – Volume 1 -1987

Candomblé Gêge - Ijexa - Kêto – Volume 1 – (Cáritas – 1987) 1. Exu-Ogum; 2.Osssãe; 3.Oxossi; 4. Xangô; 5.Omulu; 6.Oxumarê;
Pai Arlindo Pereira do Rio com o coro dos filhos do templo Xangô Airá Aufungêge. Disco muito bem gravado, com ótimos Alabês. O Pai Arlindo canta muito bem, e apesar do coro parecer um tanto quanto inseguro no início do disco – provavelmente o pessoal deve ter estranhado o clima de estúdio – logo essa impressão se dissipa e as cantigas começam a tomar corpo e a ficarem empolgantes, apesar de alguns erros existirem devido a falta de ensaios. Alguns Orikis parecem um tanto quanto diferenciados no modo de cantar se comparados a outros templos, embora isso não comprometa o resultado geral. Um disco muito bom. Mais uma vez não existe nenhum registro de quem são os Alabês, uma falha historicamente constante nos discos da “banda”.

Para ouvir a faixa 9, "Oxumarê", clique abaixo:

Pai Cido de Oxun Eyin - Raízes de Keto - 1994

Pai Cido de Oxun Eyin - Raízes de Keto (Fermata/Cáritas/Luzes -1994) LP; CD;
Faixas: 01. Exu; 02. Ogun; 03. Oxossi; 04. Ossain; 05. Obaluaê; 06. Oxumarê; 07. Xangô; 08. Inhasã; 09. Oba; 10. Oxum; 11. Ewá; 12. Yemanjá; 13. Logun Edé; 14. Nana; 15. Oxaláguiã; 16. Oxalálufã;
Pai Cido de Oxun Eyin com coro da roça do Ilê de Oxum: Ekedi Irani; Ekedi Suely; Ya-Kekerê; Oju Cesi; Pai Paulo de Logun Edé e os alabês: Ogã Giboadê – Lê, Pai Tetê – Rumpi, Pai Tonho - Itu Rum, Ogã Vandinho – Gã; Direção e produção: Jairo Rodrigues; Um dos que mais registraram os cânticos da nação, Pai Cido está muito bem acompanhado pelos alabês (excelentes!) e pelo coro. Um disco bem gravado, muito limpo em sua sonoridade e um clássico no meio da nação Keto. Indispensável...

Para ouvir a faixa 10, "Oxum", clique abaixo:

Candomblé Brasil - 2000

Pai Cido de Oxun Eyin – Candomblé Brasil (Cáritas/Luzes - 2000) CD;
Faixas: 01. Exu; 02. Ogun; 03. Oxossi; 04. Ossain; 05. Obaluayê/ Omulu; 06. Oxumarê; 07. Nana Buruku; 08. Oxum; 09. Logunodé; 10. Oba; 11. Ewá; 12. Iansã; 13. Yemanjá; 14. Xangô; 15. Oxalufã; 16. Oxoguiã; 17. Hino do Candomblé; 18. Solidão (Verônica Pires);
Pai Cido acompanhado pelo coral: Gabriela, Valéria, Juliana, Carmen, Jussara, Rodnei e Enéas e pelos alabês; Marcelo de Xangô: Rum; Nilson de Oxossi: Lê; Maurício de Ogun: Rumpi; Adolfo de Logunedé: agogô; direção: Toninho Gudin; Pai Cido canta bem, mas o coral desafina muito. Os alabês são muito bons e salvam o disco. Uma estranhíssima aparição de uma faixa cheia de teclados cantada por uma tal de Veronika Pires faz o disco virar um exotismo.

Para ouvir a faixa 11, "Ewá", clique abaixo:


Cânticos aos Orixás - Carlinhos de Oxum - 1997


Cânticos aos Orixás - Carlinhos de Oxum - CD (Natasha/1997) Faixas: 01. Avamunha; 02. Exu; 03. Ogun; 04. Oxossi; 05. Obaluaê; 06. Ossanhe; 07. Oxumarê; 08. Nana; 09. Oba; 10. Ewá; 11. Oxum; 12. Iansã; 13. Iemanjá; 14. Xangô; 15. Alujá; 16. Ijexá; 17. Angola; 18. Oxalá; 19. Ijexá II;
Carlinhos de Oxum acompanhado de seus filhos; Coral: Cirene, Guacira, Nádia, Maria Pinheiro; Ana Paula; Viviane; alabês:Marcos Antônio Bastos, Luiz Gustavo, Denílson Silva, Ivo Damas Assunção. Este seria um disco impecável não fosse a mixagem: em alguns momentos os tambores embolam, o Rum fica para trás e o Lê com som de mesa. O mesmo acontece com a voz, que ora está muito alta, ora está para trás, mas traz orikis interessantes e pouco gravados por outros sacerdotes.

Para ouvir a faixa 18, "Oxalá", clique abaixo:

Bate Nagô - Prov. 1970


Bate Nagô – LP – (Cáritas - Provavelmente 1970) – 1.Iansã; 2.Xangô; 3.Oxum; 4.Iemanjá; 5.Orixalá; 6.Bate Nagô; 7.Ogum; 8.Ode; 9.Obaluaiê; 10.Ibeiji; 11.Salubá Nana;
A Yalorixá Rosa Silva Martins canta em Nagô um xirê em que o Alabê (só se ouve um atabaque) toca apenas com as mãos, algo comum nos templos Nagô, embora se use nesses cultos o tambor ilú. Em vez de Xequerê, um dos Alabês usa um Caxixi, o que por vezes atrasa um pouco o andamento das canções, mas os toques estão corretíssimos, e o disco chega a ser envolvente em alguns momentos, os cânticos são bastante antigos e cantados num estilo extremamente africano.
Para ouvir a faixa 9, "Obaluaiê", clique abaixo:


Axé Ilê Oba - 1983


Axé Ilê Oba - LP/CD – (Fermata/Cáritas/Luzes – 1983) 01. Exu; 02. Ogun; 03. Obaluaiê; 04. Xangô; 05. Oxum; 06. Yemanjá; 07. Iansã; 08. Oxumarê; 09. Tempo; 10; Oxossi; 11. Ossanha; 12. Logun; 13. Nana Buruku; 14. Ode; 15. Oxalá;
Babalorixá Caio Aranha com os filhos do Axé Ilê Oba; O Axé Ilê Oba é um dos terreiros mais tradicionais do Brasil. Disco Clássico, muito bem captado em sua ambiência, o clima do terreiro é bem envolvente, com coral afinado e excelentes alabês;

Para ouvir a faixa 08 "Oxumarê", clique abaixo:

Abaçá de Oxalá - 1974


Abacá de OxaláLP – (Cáritas –Provavelmente 1974) 1.Abala Axé (Barra vento); 2.Dijina do Orixá (Congo de Ouro); 3. Saída de Iaô (Congo de Ouro); 4.Iansã (Ilú e Barravento); 5.Oxum (Jexá); 6.Candomblé (agabi-Ijexá-Opanijé); 7. Oferenda a Iemanjá (afro-Nagô); 8.Festa de Ode (Samba Cabula); 9.Lamento Nagô (Bravum-Ijexá); 10.Caboclinha de Yemanjá (samba cabula); 11.Cacique Turiassú (Congo de ouro); 12.Sete Flechas Vermelhas (Samba Cabula); 13.Prece do Abassá(Jexá); 14.Tira a Quizumba (Samba Cabula); 15.Quitanda do Bento (Samba Cabula);
O grupo Ibeji Miregum costumava misturar arranjos tradicionais com arranjos modernos para a época (década de 70). Alguns funcionavam, outros não. É o caso deste Lp, cujo lado A (as seis primeiras músicas) possui uma sonoridade mais próxima de terreiro. No lado B, uma bateria é inserida no contexto, de uma forma despreocupada, o que a torna alienígena em alguns momentos. O lado B também é cantado em português, o que nos leva a pensar numa “modernização” dos arranjos. Os músicos são bons, uma ótima vocalista, mas não há referência ao nome de nenhum deles, infelizmente. Não sabemos porquê, a capa original deste disco – uma Sereia estilizada - foi utilizada em pelo menos mais quatro discos de Umbanda.


Para ouvir a faixa 9, "Lamento Nagô", clique abaixo:

Wednesday, November 15, 2006

Gira de Luz - 2004


Gira de Luz – (Luzes/2004) – CD – 1. Gira de Luz; 2. Pai José é Canoeiro; 3. pai Serafim; 4. Vovó Cambinda; 5. Pai Tomás; 6. preto que preto é; 7. Caboclo Pedra Branca; 8. Jurema; 9. Boiadeiro; 10. Xangô; 11. Nanã; 12.Iansã; 13. Ponto de Oxum; 14. A Onda do Mar; 15. Erê; 16. Povo Trabalhador; 17. Dó ré mi fá do atotô; 18. Filho de Ogum; 19. Gira de Luz;
Lucina e Mário Avelar fizeram um disco feliz, recheado do amor que tinham pelo Pai José; Lucina nunca escondeu seu amor pela Umbanda, mesmo quando em dupla com Luli; o disco é equilibrado, feito para agradar umbandistas e ouvintes comuns.

Para ouvir a faixa 18, "Filho de Ogum", clique abaixo:


Cubanito – Saravá Umbanda (1972) ou Brasil Fantástico (1974)


Cubanito - Saravá Umbanda (1972) ou Brasil Fantástico (1974)Musidisc – LP/CD – 1. Sarava Umbanda; 2 – Mucamo de urucaia; 3 – Oba-Lá-Lá; 4. É de quá quá quá; 5. Era a sereia; 6. O que eu quero mais; 6. Ogum Beira-Mar; 7. Sarava seu Girassol; 8. Xangô das almas; 9. A sua flecha voa; 10.Pomba Gira; 11. Sarava Umbanda;
Nos anos 70 TUDO era discoteque: de Bethoven a Beatles (até mesmo o grupo punk Sex Pistols gravou o estilo em seu segundo disco) do Jazz ao frevo, da trilha sonora de cinema ao comercial de xampu, tudo era remassificado para o estilo e a umbanda é claro, não poderia ficar de fora do olho da mídia radiofônica. Produzido por Nilo Sérgio, um dos mais conhecidos produtores da época, este disco pode causar estranheza na maior parte dos umbandistas nos dias de hoje, mas na época a faixa pomba gira chegou a ser executada em algumas rádios de porte e por ser um ponto de raiz torna-se uma raridade na história da música brasileira. Cubanito era médium do Templo Girassol, um dos maiores e mais conhecidos templos do Rio de Janeiro e contava com uma carreira relativamente longa na música – desde os anos 60 – e tornou-se muito popular entre os umbandistas por este disco, o qual na verdade, é muito bem produzido, com uma gravação excelente, músicos primorosos e arranjos datados, mas precisos. Cubanito canta bem e é sincero em sua proposta. Ouvindo com atenção, o disco é muito bom.
Para ouvir a faixa 4, "É de quá, quá, quá", clique abaixo:


Aruanã – Uma História de Umbanda - 2003


Aruanã – Uma História de Umbanda (Zan Brasidisc - 2003) CD. 01. Senhora do amanhecer; 02. A dona do mar; 03. Reza forte; 04. A luz da justiça; 05. Caboclos de Oxossi; 06. Guerreira; 07. Salubá Nana; 08. Hino aos orixás; 09. Xangô; 10. Brasil; 11. Criança flor em botão; 12. Canto da Alegria; 13. Saudação a Iansã e Xangô; 14. Uma história de Umbanda.
Arranjos e produção: Maestro Areia Lima; Na percussão Laércio costa e Rogério Alves; Grupo umbandista fundado por veteranos da música umbandista dos anos 70/80 (vide Os cantores da Umbanda Vol. 1); Numa tentativa de reviver a música umbandista através do formato mais radiofônico, mesclam axé e temas ao estilo de samba de Clara Nunes e até sertanejo; resulta num disco muito bem produzido, embora desigual.Interessantes as faixas 01 e 05. A faixa 06 lembra muito “Boracho me voy” do grupo Raíces de América.

Para ouvir a faixa 06, "Guerreira", clique abaixo:

Yemanjá - Umbanda - Provavelmente anos 70 com gravações dos anos 50/60/70


Yemanjá-UmbandaLP – (Cáritas/Luzes – Provavelmente anos 70 com gravações dos anos 50/60/70) 1.Louvação a Janaína; 2.Rainha do mar; 3.Yemanjá; 4.Saudação a Yemanjá; 5.Minha Mãe Sereia; 6.Louvação a Yemanjá; 7.Salva a Rainha do mar; 8.Saudação a Yemanjá; 9.Canto a yemanjá; 10.Janaína; 11.saudação a Yabá; 12.Yemanjá-nagô; 13.Cruzambê; 14.Toque para Yemanjá;
Vários terreiros estão neste disco e com exceção de uma faixa do Rwm aos orixás, do Faramim Yemanjá e do Carlos Buby, não conseguimos identificar as outras faixas, pois no disco não há nenhuma informação nem datas de gravação. A parte estas deficiências técnicas oriundas do constante descaso com os discos de umbanda, este trabalho é muito bom, as músicas foram escolhidas com propriedade e criatividade, fazendo do disco uma grata surpresa. Reparem que a capa é a mesma de mais três discos diferentes: Yemanjá Rainha do Mar, Abaçá de Oxalá com o grupo Ibejy Miregum e Yemanjá umbanda (outro disco homônimo a este)

Para ouvir a faixa 1, "Saudação a Janaína", clique abaixo:

No Reino da Umbanda – cantos do ritual - Prov. anos 60/70


No Reino da Umbanda – cantos do ritualLP – (Continental – provavelmente anos 60/70) – 1. Ponto de defumação; 2. Ponto de Ogun; 3. Na Lua Nova; 4. Caboclo Roxo; 5. Pai Xangô; 6. Ponto de Ogun Urubatão; 7. Ponto de Preto Velho; 8. Hino da Umbanda; 9.Ponto da Cabocla Jurema; 10. Ponto de Mamãe Oxun; 11.Xangô rolou a pedra; 12. Ponto de Iansã; 13. Louvação a Ogum Urubatão; 14. Ponto de Cosme e Damião;
Yalorixá Maria D. Miranda e a Corimba da Tenda Ogum Urubatão. Um disco raríssimo, que encontramos em péssimo estado com um comerciante de uma loja de artigos de Umbanda no interior de São Paulo. Talvez tenha sido o disco mais difícil para recuperar, pois além da limpeza dos chiados (que não conseguimos tirar totalmente), havia uma rachadura que ia de um lado a outro do LP, num buraco de mais de meio centímetro. Depois de dois meses conseguimos reconstruir os pontos e tivemos a grata surpresa de ser um dos discos mais puros e belos que já ouvimos em nossa vida. Mãe Maria Miranda canta maravilhosamente, uma voz forte, que evidencia comando e muita devoção. O coro é afinadíssimo, alegre e com presença, soando muito natural; os alabês tocam um Toruá poderoso, cadenciado (com exceção do hino da Umbanda, onde fazem uma espécie de Tonibobé, quase uma marchinha). Percebe-se que a simplicidade é a tônica de uma época em que o astral se evidenciava através de templos como este, se apresentando através da alegria e da força de pérolas registradas por estes músicos, verdadeiros agraciados pelos guias e protetores. Em tempo, para quem conhece o Caboclo Urubatão como da linha de Oxalá ou de Oxossi, basta lembrar que sua emanação como Ogun é bem possível, pois Urubatão em tupi significa guerreiro.

Para ouvir a faixa 4, "Caboclo Roxo", clique abaixo:

VII Festival Nacional de Cantigas de Umbanda - 1979


VII Festival Nacional de Cantigas de UmbandaLP – (Polyfar– 1979) 1.Se suncê precizá; 2.Sete forças da Xangô; 3.Oxum Rainha do Ijexá; 4.Louvação a Iansã; 5.Reino encantado de Oxum Epandá; 6.Senhora da Ventania; 7.mamãe Yemanjá; 8.Uma flor Oxum; 9.Feitiço da dama da noite; 10.Mais uma vez; 11.Maria Padilha; 12.Minha amiga;

Vários terreiros: Tenda espírita Caboclo Folha Verde; Tenda Espírita Caboclo Iandarassu; Tenda Umbandista Pai João Africano;Tenda Espírita São Miguel das almas; Roça do Xangô de Ouro; Centro espírita São José; Centro Afro-Brasileiro abacá de Exu; Tenda Oxossi Tupi-Tupinambá; Centro espírita Caboclo Pena Branca; Ylê Verde Lebara Vodun; Cabana Pai Thomas de Angola; Tenda espírita Vovó Catarina; tenda espírita Vovô Congo do Bahia;
Surpreendentemente a Poligram resolveu investir num disco umbandista, talvez pela época, os anos 70, quando a Umbanda estava em alta por causa de Clara Nunes, Clementina, João Bosco e Ruy Mauriti. É um disco muito bem produzido, com alabês profissionais, excelentes músicos. É muito bem equalizado, com vocais de fundo afinadíssimos. Os cantores, ogãs e colofés de terreiro devem ter sido ensaiados durante muito tempo para chegarem ao nível que se apresenta no disco, extremamente radiofônico. Alguns pontos são bem próximos do samba, mas do tempo em que o samba era bom. Ao fundo, espertamente, o produtor colocou cavaquinhos e violões, num volume que não descaracteriza o clima de terreiro, apenas sugere um formato mais plástico e popular. Os atuais produtores de cds de festivais deveriam se inspirar neste disco, como referência para um produto comercial sem perder a raiz de terreiro. Um disco muito bom.

Para ouvir a faixa 11, "Maria Padilha", clique abaixo:

I Festival de Cantos de Umbanda - 1969


I Festival de Cantos de Umbanda – LP – (Tapecar - 1969)1.Casinha Branca; 2.Bandeira da Paz; 3.Ago, Ago, Ago; 4.Conselhos do Preto Velho; 5. Linda falange das almas; 6. Se seu pai é Xangô; 7. Hino da Umbanda; 8. Louvação ao Caboclo Itatuité; 9. O galo cantou; 10. Lindo Poema; 11. Reinado de Xangô; 12. Chibata de Boiadeiro; 13. Umbanda; 14. Cabocla Jurema;
Diversos templos: Templo espírita Araúna, Tenda espírita Caboclo Pena Azul; Tenda Espírita Unidos a Oxalá; Templo Oriental; Cabana do Caboclo Itatuité; Abaçá do Caboclo Pena Branca; Tenda Espírita nova Aldeia do Boiadeiro;
Desde os anos 70, é comum no Rio de Janeiro a organização de festivais de pontos cantados. É comum o desconhecimento da idéia de pontos de raiz e de pontos de louvação. Evidentemente compositores de pontos de louvação, quando verdadeiramente influenciados pelo astral conseguem captar determinadas composições invocatórias. Do contrário, pontos de louvação muitas vezes se apresentam como composições de mal-gosto, quando não voltadas para aspectos comerciais, principalmente nos dias de hoje (2006), quando os festivais de Umbanda claramente pretendem abrir um mercado semelhante ao mercado gospel, como se nós, do santo, tivemos a obrigação de nos relacionarmos com a espiritualidade como fazem os evangélicos: através da satisfação monetária e do lucro, quando não da usura e da criminalidade. Mas não é o caso deste disco. Talvez por ser o primeiro festival do gênero, ainda estava longe das distorções e absurdos cometidos nos festivais atuais (onde se misturam teatros espalhafatosos nas apresentações com letras absurdas como as que falam de tomar uma “cerva” com os mentores), os pontos são cantados com emoção e com boa vontade, alguns, maravilhosos, possuem uma evidente conexão com a verdade das invocações, como se observa nos dois pontos cantados pela Cabana do Caboclo Itatuité. Os alabês são muito bons, sempre nas Cabulas e nos Congos de Ouro, como é típico nas curimbas cariocas, mais voltadas ao samba.
Para ouvir a faixa 14, "Cabocla Jurema", clique abaixo:


J.B. de Carvalho - 1971


J.B. de CarvalhoLP – (Musicolor – 1971) 1. Jesus Cristo (Com homenagem a Zé Arigó; 2. Capitão da Mata; 3. Rei Oxalá; 4. Botaram Feitiço; 5. Seu Tuniquinho Exu; 6. Xangô é Rei; 7. Canto Para Iansã (com homenagem a Joãozinho da Goméia); 8. Seu Ogum Rompe Mato; 9. Caboclo Junco Verde; 10. Meia Noite; 11. Princesa Jurema; 12. Ponto do Seu 7 da Lira;
J.B. de Carvalho, aos poucos foi deixando para trás muito da seriedade com que encarava a Umbanda em seus primeiros discos. Aos poucos foi colocando pitadas de humor nem sempre benéfico para sua imagem e para a imagem da Umbanda, embora fosse reflexo fidedigno de muito do que acontecia nos templos dos anos 60 para frente. J.B. era inteligente e procurando atrair público para as vendas deste LP, atacou em três pontos cruciais: neste disco faz homenagem a dois ícones da espiritualidade da época, que haviam falecido no período: José Arigó, e Joãozinho da Goméia. Os três “J”, José Arigó, Kardecista, Joãozinho da Gomea, Candomblecista e J.B. de Carvalho, Umbandista, eram, cada qual a sua maneira, polêmicos em seu modo de lidar com as coisas do espiritual. O terceiro ponto é a regravação do hit gospel Jesus Cristo (é, aquele mesmo!!) do Roberto Carlos em ritmo de macumba, o que deve ter enfartado muitos cristãos do período, apesar de provar que houve uma época em que a música poderia conviver tranqüilamente em qualquer setor religioso, sem nichos demagógicos ou separatismo preconceituoso baseado em números de vendas alicerçado na falsa espiritualidade, algo muito comum no recém criado mercado gospel do século 21.


Para ouvir a faixa 1, "Jesus Cristo", clique abaixo:

J. B. de Carvalho – Umbanda - anos 30/40/50, com reedição nos anos 60)


J. B. de Carvalho – UmbandaLP – (Musicolor – anos 30/40/50, com reedição nos anos 60) 1. Areia Branca; 2. Nana Buruquê; 3. Cosme e Damião; 4. Lua; 5. Ponto de são Jorge (Ogun Mora na Lua); 6.Doum; 7. Suará; 8. Ponto de São Benedito das almas; 9. Ponto de Caboclo; 10. Ponto de encerramento;
Um disco com gravações bem antigas de J.B., não há data disponível em nenhuma das edições que encontramos. A maior parte das canções são pontos de raiz que foram “adaptados” por J.B. e registrados como de sua autoria. Por serem bem antigas, estas gravações lembram muito o criador deste estilo de se gravar pontos de umbanda, o conhecido músico e compositor Heitor dos Prazeres, de onde J.B. bebeu toda sua inspiração. A banda compõe-se como um grupo de samba antigo, com violões, cavaquinho, afuxés, pandeiro, surdo e atabaques. É um bom disco, retrato de uma época ainda em formação do imaginário místico brasileiro.

Para ouvir a faixa 1, "Areia Branca", clique abaixo:

J. B. de Carvalho – Eparrei Iansã


J. B. de Carvalho – Eparrei IansãLP – (Musicolor – 1974) 1. Oxossi da Mata; 2. Pena Branca; 3. Como nada no mar; 4. Salve Ogun; 5. Ponto de chamada de Iansã; 6. Ponto de xangô; 7. Cangira, deixa a gira gira; 8. Cacique Junco Verde; 9. Santo Antônio Caminhou; 10. Ogum Megê; 11. Ponto de Mamãe Oxum; 12. Cabocla Jurema;
J. B. de Carvalho e seu grupo estão em alguns de seus melhores momentos neste disco. Apesar de ter sido lançado como LP em 1974, algumas gravações são bem anteriores e aqui foram reunidas neste Eparrei Iansã, um disco repleto de pontos de raiz, essas as gravações mais surpreendentes. A força da primeira faixa, Oxossi da Mata é impressionante, algo acontece ali além da mera execução musical, o que demonstra mais uma vez a diferença entre pontos compostos e pontos de raiz, com poder de invocação. Os alabês são excelentes e o estilo dos arranjos e modo como os músicos tocam foi copiado em muitos discos de umbanda posteriores gravados em estúdio. A mixagem é muito boa, embora a qualidade de conservação não esteja muito boa (foi muito difícil recuperá-lo), é uma obra que comove pela força das canções.


Para ouvir a faixa 7, "Cangira, deixa gira girar", clique abaixo:

A Nova Lei Espírita: Jesus e a Chave de Umbanda


A Nova Lei Espírita: Jesus e a Chave de Umbanda –LP – (Musicolor – 1968) – 1. São Jorge-Ogun de Ronda; 2. Senhor do Bonfim; 3. São Sebastião-Oxossi na linha de Umbanda; 4. Linha africana; 5. São Cristovan-Exu araranda; 6. Xangô Iansan – Na Baroque- Linha semironga; 7. Maria Conga; 8. Senhor da encruzilhada; 9. Rei; 10. Povo das ruas; 11. Pomba Gira; 12. Poderoso Omulu; 13. Crianças-Crispim Crispiniano; 14.Chico Feiticeiro;
Maria Toledo Palmer é a autora da maior parte das músicas deste disco...
Este é um disco para que os ouvintes escutem e julguem a respeito. Não conseguimos classificá-lo...
Para ouvir a faixa 9 "Rei", clique abaixo:


Prêmio Atabaque de Ouro – 2006


Prêmio Atabaque de Ouro – 2006CD (Revista Espiritual de Umbanda - 2006); 01 – Belezas da Oxum; 02- Rainha do Ijexá; 03- Louvor a Seu 7 Encruzilhadas; 04.Canto a Seu Lírio Verde; 05. Canto a exu Tranca Ruas; 06. Louvação a seu Tiriri; 07. Salve, salve, Maria Padilha; 08. Xangô Meu Orixá; 09. Seu Zé, Camarada; 10. Canto a Tranca Ruas de embaré; 11. Agradecimento de um Pescador à Rainha do Mar; 12. Eu tenho fé em Tranca Ruas de Embaré; 13. A batalha; 14. Onde está o Erê; 15. Zé Pilintra, o rei do catimbó;

Vários Intérpretes e Alabês. Nomes como Marcelo Varanda e Márcio Barravento são dos mais conhecidos entre os alabês na Umbanda do Rio de Janeiro. Excelentes músicos, este é um caso a parte. O que se apresenta aqui é a reunião dos campeões dos campeões dos festivais, que são uma constante no Rio de Janeiro, uma evidente procura de mercado para os pontos supostamente de Umbanda. Aqui ocorre um fenômeno de inversão: o samba, que surgiu dentro dos templos, aqui retorna para o terreiro, sob a forma de ponto. O que seriam congos de ouro, cabulas e barraventos aqui ressurgem como sambas-enredo disfarçados em cantigas de louvação. Se essa prática de festivais nesses moldes será bom ou ruim para a Umbanda, só o tempo poderá dizer.

Para ouvir a faixa 04, "Canto a seu´Lírio Verde", clique abaixo:

Yemanjá – Rainha do Mar - prov. 70/80


Yemanjá – Rainha do Mar - CD – (Cáritas – Luzes – Várias gravações, de várias épocas, provavelmente anos 70/80); 1.Na beira da Praia; 2.Eu vi uma estrela brilhar; 3.Duas ventarolas; 4.Quem manda no mar; 5. Nana cadê Yemanjá; 6.Tem areia no fundo do mar; 7.Eu vi o mundo girar; 8.Vi Yemanjá andando no mar; 9.Arreia, arreia, minha cabocla; 10.Boa noite meus irmãos; 11.sarava rainha do mar; 12.Saia do mar; 13.eu sou filho de Iansã; 14.A sereia quer brincar; 15. Brilhou, brilhou; 16. Saia do mar; 17.Corre e gira; 18.Saudação a Yemanjá; 19. Sarava Iemanjá; 20.Toque para Yemanjá;
Uma coletânea agradável, com vários pontos de raiz. A maior parte dos pontos é de algum terreiro bem simples, tocado apenas com um atabaque e um agogô. No mais, na miscelânea temos um terreiro com berimbau e cuíca, uma faixa de toque de atabaque retirado do Rwm aos orixás e outras duas faixas de templos da nação. Infelizmente, como é de praxe, não há informações sobre os músicos, terreiros, etc. Uma curiosidade oriunda do descaso é o fato da capa deste disco ser a mesma de mais três outros, um desleixo com a produção artística e motivo de confusão para os colecionadores.

Para ouvir a faixa 16, "Saia do Mar", clique abaixo:


Ivanilton Marques - Prov. anos 70


Ivanilton Marques – Umbanda – LP - (Beverly - ? Provavelmente anos 70) LP; 1. salve xangô; 2. Seu Sete; 3. Salve Yemanjá; 4. Pomba Gira; 5. Cobra Coral; 6. Maria Padilha; 7. Prece a Umbanda; 8. Ogum Beira Mar; 9.Exu Veludo; 10. Pena Branca; 11. Cabocla Iracema; 12. Pena Amarela;
Como é comum em discos de Umbanda, não há nenhuma informação neste disco. Mas muitos aspectos interessantes podem ser observados: o modo de se tocar o atabaque – só há um atabaque e um agogô na parte rítmica - aproxima-se muito da Pajelança e do Babaçuê do Pará e do Amazonas e mesmo de Pernambuco (muitas células tocadas pelo alabê se aproximam da estrutura do Maracatu); mas o modo de se cantar é muito curioso: as vozes se harmonizam em intervalos de terça, o mesmo método que é usado nas encantarias e mais tarde na música sertaneja. Par alguns pode ser um disco monótono, devido ao mesmo formato em todas as faixas, mas trata-se de um raro exemplo de como a música de raiz surgiu dos templos de umbanda do Brasil.

Para ouvir a faixa 10, "Pena Branca", clique abaixo:


Umbanda Querida - 1988


Umbanda Querida (Fermata – Cáritas – 1988) LP/CD 1 – Defumação/Cruzamento/Oxalá; 2 – Exu; 3 – Ogum; 4 – Oxossi; 5 – Xangô; 6 – Oxum; 7 – Inhaçã; 8 – Iemanjá; 9 – Nana Buruquê; 10 – Obaluaê; 11 – Beijada; 12 – Preto-Velho;
Direção: A. Scheneider. Coro e Ogã Ismael da Tenda Espírita Rompe-Mato; Traz um clássico dos terreiros dos anos 70 e 80: um ponto da pomba gira cigana que chegou até a tocar em rádios do Brasil inteiro; o pessoal do templo é expontâneo ao cantar, percebe-se bem o clima do templo. O Ogã Ismael canta ao estilo dos antigos Colofés (ao estilo de Élcio de Oxalá, talvez uma herança do pioneiro J.B. Carvalho), empostando o vozeirão, com boa dicção pra vencer os atabaques. Um disco feliz que certamente deixou saudades no pessoal do templo.

Para ouvir a faixa 3, "Ogum", clique abaixo:

Filho de Pemba – Cicica - 1974


Filho de Pemba – CicicaLP – (HOT-Riversound – 1974) – 1. Filho de Pemba; 2. Vovó Catarina; 3. Vinte e Sete de Setembro; 4. Pele Vermelha; 5. Rainha Angomate; 6. Maia Dendê; 7. Sarava Senzala; 8. Oxalá Mandou; 9. Macumbembê; 10. Dono da Pedreira; 11. Jurou bandeira; 12. Quem é o primeiro;

J.B. de Carvalho possuía pelo menos um contemporâneo: Sussu, que gravou pontos de sucesso radiofônico nas décadas de 50/60 e assim como seu companheiro, gravava pontos de raiz e os registrava como sua criação, embora sua especialidade fossem realmente as composições autorais. Seu filho Cicica procurou sucedê-lo nos anos 70. Era outra época, outro tempo, o disco até que foi bem aceito, mas Cicica não conseguiu a mesma projeção. O disco é bom, com algumas curiosidades que eram comuns nas umbandas de 30 anos atrás: um ponto do Caboclo Pele Vermelha o identifica como um caboclo do... Canadá! Em outro ponto encontramos a invocação a um caboclo Maia. O coro é bem característico das Umbandas do norte/nordeste, um uníssono agudo, repetindo o refrão, embora Cicica e seu pai fossem radicados no Rio de Janeiro. Os alabês são bons e competentes, segurando um disco muito bem equilibrado.


Para ouvir a faixa 11, "Jurou Bandeira", clique abaixo:

Festa de Nagô - 1973


Festa de NagôLP – (Phonotape – 1973) – 1. Sarava o Sr. Abaluaê; 2.Tambor de Minas; 3.Mestres de Jurema; 4.Pisa Baiano; 5.Zé doLaço; 6.A Mulher de Exus; 7.Caboclo Rompe Mato; 8.Pássaro Manso; 9.Pai João de angola; 10.Caboclo Candindé; 11. Velas para o meu santo; 12. Odoiá;
Um disco claramente influenciado pela encantaria de Minas e do Nordeste. Apesar da maior parte dos pontos estar registrado com autores, muitos dele são pontos verdadeiros de Catimbó, Jurema e Toré. As maracás estão presentes na maior parte das faixas e é explícita a conexão rítmica com o baião e o forró. É um disco muito bom, com grandes cantores e Alabês competentes.
Para ouvir a faixa 5, "Zé do Laço", clique abaixo:


Espada de Ouro ou Gira da Amizade - 1974


Espada de Ouro ou Gira da amizade (Musicolor/Continental – 1974) LP – 1. Eshu; 2. Ogun; 3.Shangô; 4. Yemanjá; 5. Iansan; 6. Oshun; 7. Obaluaê; 8.Nana; 9. Oshosi; 10. Crianças; 11. Caboclos; 12.Preto-velho;
Um disco muito raro, e apesar de se chamar Gira da Amizade em sua edição original, sabe-se lá porquê também é conhecido como Espada de Ouro e traz na capa um desenho do encarte de Clara Nunes. Como é de praxe, não há nenhuma referência ao terreiro, ou aos músicos. Nos parece ser algum terreiro carioca, pelo sotaque e pelo modo de se percutir os tambores, sempre em Cabula e em Congo de Ouro. É um excelente disco, bem gravado e com um clima bem fiel ao dos terreiros.


Para ouvir a faixa 3, "Shangô", clique abaixo:

Na Gira de Preto Velho (Umbanda de Preto Velho) - 1974


Na Gira de Preto Velho (Umbanda de Preto Velho) LP – (Chantecler – 1974). 1.Velho Casanje; 2.Pai Joaquim; 3.Suncê vai ganha; 4.Preto Velho Tá Cansado; 5.Bate tambor na angola; 6.Sinhô Macutá; 7.Preta Velha da Bahia; 8. Vovó tem sete saias; 9. Vovó Catarina; 10. Vovô da Bahia; 11.Vovó Joaquina; 12. Vovó Também manda;
Um bom disco de estúdio, bem gravado, bem produzido, com vocais corretos e percussão precisa. Várias capas de apresentação foram feitas em diversos lançamentos. Este disco é especial porque mostra as primeiras gravações de um compositor que seria um ícone do samba nos anos 80: Bezerra da Silva.

Para ouvir a faixa 7, "Preta velha da Bahia", clique abaixo:


Terceiro festival nacional de cantigas de Umbanda - Prov. anos 70

Terceiro festival nacional de cantigas de Umbanda - LP/ (?-provavelmente anos 70) 1. Abertura – 3 toques de atabaques; 2.Araki, caboclo do amazonas; 3. A dona da rosa; 4.Saudação a Araribóia; 5.Pedido a Oiá; 6.O lindo véu da oxum; 7.Louvação a Ossãe; 8.Miragem; 9.Amor e bondade; 10.Santa guerreira; 11.O palito da vovó; 11.Encerramento – 3 toques de atabaques.
Este terceiro festival apresenta várias composições de louvação, com a característica teatralidade que beira muitas vezes o mal gosto para quem quer entender a umbanda com mais seriedade e profundidade. Mas como discutir os objetivos da fé? No geral os músicos são bons, os cantores executam muito bem as cantigas e os vocais de fundo são bem afinados, o samba sempre em evidência no modo de cantar. É um disco bem produzido e não desagrada se pensarmos que trata-se de cantos de louvação. Uma boa referência para os novos produtores e compositores umbandistas.


Para ouvir a faixa 7, "Louvação a Ossãe", clique abaixo:

Ogun cavaleiro Supremo - 1973


Ogun cavaleiro Supremo (Rosicler/1973) – 1; Ogum 7 ondas; 2. Ogum de Ronda; 3. A espada de Ogum; 4. Ogum Dilê; 5. Cavaleiro Supremo; 6. Ogum na Lua; 7. Ogum Megê; 8. Ogum Rei; 9. Ogum é Meu Pai; 10. Ogum Bandeira; 11. Se Meu Pai é Ogum; 12. Ogum Guerreiro; 13. Ogum Beira-Mar; 14. Ogum radiante; 15. Ogum, Ogum; 16. Ogum salvador; 17. Toque de Clarim; 18. Ogum Matinata;
Uma capa maravilhosa, um disco sincero, provavelmente gravado em estúdio, com médiuns e alabês de verdade, apenas três atabaques tocados num Toruá simples e envolvente e um coro afinado de médiuns femininos. Como é de praxe, vergonhosamente as gravadoras não davam crédito algum aos executantes (discos de Umbanda eram tidos como excentricidade e colocados como de menor importância no Cast das empresas fonográficas) e assim não temos conhecimento de quem são os músicos, ou o nome do terreiro que produziu este disco. As únicas informações são o crédito de três pontos para Haroldo Eiras, Paulo Newton e Raul de Almeida. Todos os outros pontos são de domínio popular. Quase todos os pontos são de raiz. Um obra belíssima e anônima, disco raríssimo, encontramos com muita dificuldade apenas duas cópias bem desgastadas,e com um árduo trabalho conseguimos recuperar sua sonoridade, para que os umbandistas de amanhã possam ouvir esta singela obra-prima.


Para ouvir a faixa 01, "Ogum 7 Ondas", clique abaixo;

Curimbeiros de São Jorge - Vol. 2 - 1976


Curimbeiros de São JorgeVol. 2 (LP/CD - CBS – 1976) 1. Ogum General; 2. Flor de Laranjeira; 3. Mãe Iemanjá; 3. Caboclo Juremera; 4. 27 de Setembro; 5. Gira de caboclo; 6. Inhasã; 7. Homenagem à Mãe Menininha; 8. Pai Jubim de Minas; 9. Rei das Matas; 10. Pai Joaquim D´angola; 11. Amuletos da Iaiá; 12. Ponto de Ganga; 13. Hino da Tenda de Umbanda – Pai Jeremboá.
O segundo disco dos Curimbeiros de São Jorge é uma estranha compilação de canções de J. M. Alves e outros autores. Contratados pela CBS, foi realizado um trabalho onde pretendeu-se aproximar as inspirações umbandistas para a música popular através de arranjos próximos de marchas-rancho e choro, onde harmonias simples com cavaquinho e violão acompanham uma base de atabaque em Ijexá; para os mais interessados na pureza dos pontos cantados em terreiro – mesmo pontos de louvação - esse disco pode ser um absurdo e talvez enfadonho, pois está muito distante, nesses aspectos, do primeiro trabalho. Mas trata-se de um registro que prova que a música de terreiro influenciou a música popular e esta é sua principal característica, sendo importante como prova dessa ponte, demonstrando um caminho natural e nunca assumido na história da MPB. Mais uma vez o nome dos músicos é omitido e mesmo a capa trata-se de uma mera ampliação da capa anterior com o injustificável nome de Maria Bonita.
Para ouvir a faixa 12, "Ponto de Ganga", clique abaixo:


Curimbeiros de São Jorge - 1975


Curimbeiros de São Jorge (LP/CD - Cartaz-1975/1979/A Universal-1994) 1.Hino da Umbanda; 2.Sarava Oxossi; 3.Maria Conga; 4.Lírio Branco; 5. Xangô rolou a pedra; 6. CaboclaJandiara; 7.Oxu-Maré; 8. São Jorge; 9. Iemanjá; 10.Cobra –Coral; 11. Preto Velho de angola; 12. Cabocla Jurema.
Um disco muito conhecido pelos umbandistas – era trilha de alguns programas umbandistas dos anos 70/80. Muito simples e muito bem produzido – talvez por isso mesmo – um atabaque tocado em Toruá simples e um ou outro Congo de Ouro e um agogô muito bem executado, tudo muito leve, quase tímido, mas cantado pelo coral (que percebe-se não é profissional, talvez médiuns de terreiro) com muito cuidado e carinho. Infelizmente em nenhuma das edições encontramos créditos dos músicos ou dos produtores. Todas as canções são creditadas a J.M. Alves, o compositor do Hino da Umbanda embora alguns pontos sejam de raiz. Suponho que a voz masculina seja do próprio J. M. Alves, que tornaria o disco de uma importância singular e obrigatório de se conhecer. Nostálgico, é um disco agradável de seu ouvir e um importante registro. Numa das edições, a do Cd, é curiosa a capa, pois trata-se da capa de um livro de nossa autoria, o Cultura Umbandística.

Para ouvir a faixa 10, "Cobra Coral", clique abaixo:

Abertura e Encerramento 6 - prov. anos 50/60


Abertura e Encerramento 6 - Cabocla Jurema (Beverly – 1982 – As gravações provavelmente são dos anos 50/60, estavam guardadas nas matrizes e foram lançadas mais tarde) 1. Hino da federação; 2. Saudação às 7 linhas; 3. Você que é filho de Pemba/Vou abrir minha Aruanda; 4. Exu da Meia Noite/Exu da Madrugada/Exu Afirma seu ponto; 5. Vamos defumar a Umbanda/Corre gira Pai Ogun/Incensa...incensa; 6. Oxalá meu Pai; 7. Ponto de chamada das 7 linhas; 8. Seu Lage Grande; 9. Seu José Francisco; 10. Caboclo da Mata Virgem; 11. Salve o Preto Velho; 12. Estrela e Lua; 13. Cosme e Damião; 14. Chegou a Hora.
Coro da federação de Umbanda Nossa Senhora aparecida. Produção e direção: Jairo A. Rodrigues Um disco maravilhoso, com a Federação de Umbanda Nossa Senhora Aparecida. Curimba feminina tocando um Toruá cru e direto, uma ogã que canta com sinceridade e simplicidade: percebe-se muito respeito e dedicação no modo como cantam e tocam. Existe uma relação muito próxima com os cânticos do catolicismo e das congadas e alguma coisa da encantaria (Invocam o Caboclo Laje Grande e o Caboclo Zé Francisco). As meninas quando cantam pontos de exu podem assustar os mais sensíveis com as coisas da Kimbanda. Mesmo com a qualidade de gravação ser um pouco precária (em mono), é um disco maravilhoso, exemplo de um tipo de umbanda simples, honesta e pura que está desaparecendo, infelizmente.


Para ouvir a faixa 11, "Salve o Preto Velho", clique abaixo:


Abertura e Encerramento 5 - 1970


Abertura e Encerramento 5(LP/CD – Universal/talvez 1970) 1 – São Miguel ponto de chamada; 2 – Ponto do Caboclo ventania; 3 – Saudação a São Jorge e Ogun de ronda; 4 – Saudação a yemanjá; 5 – Ponto de Romaria; 6 – saudação a Oxum, Iansã e Nana; 7 – Ponto do Caboclo Samambaia; 8 – saudação a Sra Santana; 9 – Ponto de Marinheiro; 10 – Ponto de Ogun de ronda; 11 – Festa de Ode; 12 – Deus lhe pague; 13 – Ponto do caboclo Pedra preta; 14 – Ponto de encerramento; 15 – Toque para saída de Yaô em 3 tempos;
Produção: Wanderley Martins; Congregação espírita São Gerônimo – SP; Isaura da Bahia com Ogan e Corimbeiras da Congregação espírita São Gerônimo. O Ogan lembra muito a voz do Pai Carlos Buby. Um disco sincero, de um templo fortemente marcado pelo catolicismo(o nome congregação já o identifica), pela encantaria e pela nação keto (escute segunda e a última faixa do cd), sem chegar a ser Omolokô. Um disco interessante, muito bem executado, a gravação nem tanto, mas vale a pena.


Para ouvir a faixa 1, "São Miguel", clique abaixo:

Sussu – Preto Velho - 1968


Sussu – Preto VelhoLP – (Okeh – CBS – 1968) – 1. Preto Velho; 2. Frumulunga; 3.Ferimã; 4.Rainha da Pontaria; 5. O Vento; 6.Japiaçu; 7.Sarandamba; 8. Ubirajara; 9. Mamãe Garuanda; 10. Seu Orirê; 11. Maria Conga; 12. Acorda Tranca-Rua;
Disco raro. Sussu foi um dos pioneiros a fazerem sucesso radiofônico com música influenciada pela mística umbandista. Influenciou cantores posteriores, como Élcio de Oxalá e outros bambas do estilo. Foi um contemporâneo tardio de J.B. de Carvalho, com o qual tinha boas relações. Seu templo ainda existe em Olinda - RJ. Este disco – como a maioria dos discos da época – é muito bem produzido, com músicos excelentes: a bandinha tem atabaques, pandeiro, berimbau, violões, um coral maravilhoso e é um disco importante para qualquer pesquisador e amante da música brasileira.
Obrigado ao irmão Edson pelas informações que obtivemos para atualizarmos esta postagem!

Para ouvir a faixa 5, "O vento", clique abaixo: