J.B. de Carvalho – LP – (Musicolor – 1971) 1. Jesus Cristo (Com homenagem a Zé Arigó; 2. Capitão da Mata; 3. Rei Oxalá; 4. Botaram Feitiço; 5. Seu Tuniquinho Exu; 6. Xangô é Rei; 7. Canto Para Iansã (com homenagem a Joãozinho da Goméia); 8. Seu Ogum Rompe Mato; 9. Caboclo Junco Verde; 10. Meia Noite; 11. Princesa Jurema; 12. Ponto do Seu 7 da Lira;
J.B. de Carvalho, aos poucos foi deixando para trás muito da seriedade com que encarava a Umbanda em seus primeiros discos. Aos poucos foi colocando pitadas de humor nem sempre benéfico para sua imagem e para a imagem da Umbanda, embora fosse reflexo fidedigno de muito do que acontecia nos templos dos anos 60 para frente. J.B. era inteligente e procurando atrair público para as vendas deste LP, atacou em três pontos cruciais: neste disco faz homenagem a dois ícones da espiritualidade da época, que haviam falecido no período: José Arigó, e Joãozinho da Goméia. Os três “J”, José Arigó, Kardecista, Joãozinho da Gomea, Candomblecista e J.B. de Carvalho, Umbandista, eram, cada qual a sua maneira, polêmicos em seu modo de lidar com as coisas do espiritual. O terceiro ponto é a regravação do hit gospel Jesus Cristo (é, aquele mesmo!!) do Roberto Carlos em ritmo de macumba, o que deve ter enfartado muitos cristãos do período, apesar de provar que houve uma época em que a música poderia conviver tranqüilamente em qualquer setor religioso, sem nichos demagógicos ou separatismo preconceituoso baseado em números de vendas alicerçado na falsa espiritualidade, algo muito comum no recém criado mercado gospel do século 21.
Para ouvir a faixa 1, "Jesus Cristo", clique abaixo:
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