Casa cheia na Casa do Lago em Campinas para o Encontro de Curimbas
O I encontro de Curimbas aconteceu no Espaço Cultural Casa do Lago da Universidade de Campinas, uma realização da Unicamp, PREAC e FTU – Faculdade de Teologia Umbandista.
Palestra de Hilário Bispo de Jesus, o Babalarena. Ao lado, a Curimba da FTU.
A primeira Corimba a se apresentar foi a do templo de Umbanda Vovô Serafim e Ogum Três Espadas, da cidade de Rio Claro, comandado por Pai André e conforme anunciaram os próprios integrantes da Corimba, não tocaram nem cantaram pontos de raiz, mas composições próprias de louvação aos Orixás, a maior perte delas cantadas em Yorubá; trouxeram instrumentos variados, entre eles dois batás nigerianos e um Ntama, um tambor falante. O coral era muito bem afinado e os alabês muito bons. Executaram na maior parte das cantigas os toques de Ijexá, Cabula e Barravento.
Curimba de Pai André de São Carlos
A segunda Corimba foi a do Templo de Umbanda Mamãe Oxum, Caboclo Sete Pedras e Caboclo Itajaé, comandado por Pai José Carlos, que apresentou alguns pontos de louvação entoados em seus ritos. A apresentação contou com um coral de senhoras e os alabês executaram toques de Cabula e Toruá.
Yaô da casa de Pai Toloji
A terceira Corimba foi a da Comunidade da Tradição do Culto Afro Ilesin Ogun Lakaiye Osinmolé de Campinas, comandada por Pai Toloji. Apresentou-se em duas partes: a primeira com vários toques e orikis da Nação Ketu, com a especial perticipação de suas Iaôs dançando com as interpretações característcas de cada Orixá; na segunda parte, Pai Toloji apresentou pontos que entoa em seus ritos de Candomblé de Caboclo. Os alabês executaram com precisão inúmeros toques, tais como Cabula, Barravento, Congo de Ouro para o Candomblé de Caboclo e Alujá, Aguerê, Daró e Opanijé para o Candomblé Ketu.
Fechando o evento A corimba da FTU apresentou explanações sobre o porquê da Percussão Sacra. Pai Roger, Ogã da FTU apresentou um cada um dos cânticos que seriam executados e Obashanan discoreu sobre os mistérios do Orixá Ayom, o orixá da música e dos tambores. Apresentaram cânticos de Encantaria, das Nações Ketu e Angola e da Umbanda em seus vários aspectos. Executaram os toques em Adarrum, Barravento, Cabulas, Congo de Ouro, Toruá, Batá e Aguerê. Ao final todos os alabês tocaram juntos, encerrando as atividades...
I Encontro de Curimbas - São José do Rio Preto
Realizou-se em São José do Rio Preto, no dia 05/11/2006 o I encontro de Música Sacra Brasileira da região Noroeste, uma realização da FTU, CONUB e do Templo da Estrela Verde.
O evento ocorreu em comemoração ao mês da Consciência Negra e pela primeira vêz em 7 anos, templos Umbandistas foram incluídos no calendário das atividades, uma vêz que a diretoria do Conselho Afro de São José do Rio Preto, por ser evangélica proibía a participação de terreiros nos eventos, numa demonstração de paradoxal intolerância.
Numa parceria com o Templo da Estrela Verde (Sub sede da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino), o evento foi realizado na Tenda Cacique da Mata Virgem do Pai Miano que cedeu o espaço para que vários templos da região pudessem mostrar seus cantos e danças sagrados.
O evento abriu com o Hino da Umbanda, tocado por todos os Alabês reunidos. A primeira apresentação foi do Templo Sete Flechas, que entoaram cantos tradicionais da Umbanda. A dupla de Alabês tocou muito bem e todos os presentes acompanharam com palmas cantando juntos.
Curimba do terreiro Sete Flechas, da Mãe Sônia de Odé
Em seguida o terreiro do Pai Marcos apresentou o seu xirê com cantos de todos os orixás e as danças ritualísticas.
Os Alabês da Faculdade de Teologia Umbandista e do Templo da Estrela Verde apresentaram um pouco da evolução dos ritmos e cantos na história umbandista. Entoaram orikis em Yorubá e Kibundo, além de pontos de Umbanda e encantaria.
Fechando o evento, Pai Miano e seus filhos apresentaram seu Xirê muito bem coreografado, chegando a emocionar a todos com a boa vontade e a alegria de seus filhos que fizeram uma verdadeira festa de louvação no templo.
Curimba do terreiro de Pai Miano
Fechando o evento, os sacerdotes deram suas palavras finais num congraçamento que mostra a vitória da Umbanda sobre as diferenças. Como diz Mestre Arapiaga: nós, umbandistas somos diferentes, mas não desiguais.
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