Templo de Umbanda Nagô – LP – (Eger – 83) 1.Chamamento; 2.Preto Velho Pai Joaquim; 3.Conga Velha; 4.Mironga de preto Velho; 5.Procissão dos Orixás; 6.Prece na Beira do Mar; 7.Nas areias brancas; 8.Toque de Alujá; 9.Reza Nagô; 10.Bara Agajô;
Templo de Umbanda Nagô Reino dos Orixás. Antônio Fortes e Roberto Fortes Tumbadora; Renato Oliveira: Tambor; Eugênio: Atabaque; Gilberto Gorga: Bongô; Anelise Correa, Marisa Fortes, Eliane Fortes, Marli Valli e Márcia Henriques: Age; Iara Costa: Agogô; Jaqueline Rocha: Reco-reco. Um disco raríssimo (era prática de muitos terreiros gravarem discos com poucas cópias para ajudarem-se financeiramente a manterem-se abertos. É o caso deste LP) e uma obra impressionante. Apesar de se chamarem templo Nagô, a influência indígena nos toques e nos cantos é marcante, talvez por serem um templo do Rio Grande do sul, onde a cultura indígena nas expressões e nas relações pessoais ainda é muito forte. Todas as faixas são tocadas num Toruá pesadíssimo, a ambiência e a execução dos músicos é quase mantrânica,naquela simplicidade que traz as chaves de abertura com o astral, numa dinâmica que beira o transe verdadeiro. Uma pena não ser muito bem gravado, por vezes os vocais se perdem por trás dos tambores. Os pontos provavelmente são de louvação, mas com certeza são inspirados na melodia e em algumas letras, o que os aproxima da raiz. Este é um disco obrigatório, e vai além da mera raridade pois é uma descoberta surpreendente: como, com ritmos simples, uma capa simples (um desenho quase infantil) e uma produção independente, caseira pode evidenciar tamanha amplitude de expressão musical e uma profundidade tão grande no que se entende como espiritualidade. Um disco profundo, estranho e maravilhoso.
Para ouvir a faixa 10, "Bara Agajô", clique abaixo:
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