De Ogun a Oxalá – Tapecar (Provavelmente final dos anos 70) – LP – 1. Ogun; 2. Oxossi; 3. Obaluaê; 4. Inge –zeui; 5. Aos Orixás; 6. aos Voduncis; 7. Iansã; 8. Oyá; 9. Trazurê; 10. Xangô; 11. Ronco; 12. Iaô; 13. Vodunci de Ioruba; 14. Oxalá;
Este é um disco polêmico, provavelmente concebido na idéia preconceituosa de agradar ao público “Cristão/Kardecista”, numa tentativa suspeita de retirar a “má impressão” que os cultos afro-brasileiros causam sobre as religiões politicamente corretas. Basta ler o encarte do disco, onde palavras como “primitivismo”, “seita” e um explícito discurso de explicações para que o Candomblé seja “aceito” pelo leigo. Seria um disco belíssimo (principalmente pela capa) se fosse apenas cantado à capella, pois não há nem sombra de atabaques em nenhuma música.
No seu lugar, órgãos e teclados com registro e harmonia claramente voltados a uma liturgia cristã, quase evangélica, estragam os cantos em Yorubá. Para completar, a faixa 5, Aos Orixás, cantada em português entrega o jogo na letra: “desceu Deus do Céu pra dar Aleluia”. Submissão demais até pra quem pretende exercitar o jogo da tolerância!
Para ouvir a faixa 13, "Vodunci de Yorubá", clique abaixo:
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