Wednesday, August 06, 2008

Casa de Lei - 2007

Casa de Lei - Pontos de Exu e pomba Gira - Escola de Curimba Aldeia de Caboclos - CD - Independente - 2007

01.Ventania amigo leal; 02.Coroa de Marabô; 03.Caminhos de Marabô; 04.Treme Terra é rei; 05.Lá vem tata Caveira; 06.Senzala de Marabô; 07.Chave de Sete Porteiras; 08.Exu abre caminhos; 09.Exu do fogo; 10.Exu Abará; 11.Exu sete campas; 12.Casa de Lei; 13.Dama da noite; 14.Mulambo só; 15.Pomba Gira Menina; 16.Padilha Faceira; 17.Sete Saias; 18.Padilha chegou; 19.Desamarra; 20.Rosa Caveira; 21. Mirim Porteira; 22.Um grito de Liberdade;

A Escola de Curimba Aldeia de Caboclos é uma das mais corretas e importantes escolas de curimba do estado de São Paulo. Liderada pelo Engels de Xangô, são extremamente competentes em ensinar e orientar seus alunos na arte de se tocar atabaques e o forte nesse disco é a parte instrumental, com o pessoal realmente mandando muito bem no couro. São pontos de louvação, ou seja, foram compostos pelos curimbeiros e ogãs e apenas um ponto de raiz, a faixa 09, dado pelo Exu do Fogo é realmente bem vibrada. Muito bem gravado (a captação é excelente), ouve-se perfeitamente os três atabaques, separados num estéreo bem estudado. Há claro, alguns problemas, como o coral um pouco sem ensaio, quase semitonando e algumas inserções completamente dispensáveis de risadas e gritos de "exus" incorporados, visando ilustrar e ampliar o imaginário da proposta do disco. Mas no geral está de parabéns o Engels e os Alabês Rafael de Ogum, Juliana de Iansã, Dany da Aldeia e Eduardo de Ogum. Um bom disco.

Para ouvir a faixa 2, "Coroa de Marabô", clique abaixo:


5 comments:

Anonymous said...

Olá amigo boa tarde !

é realmente triste a gente prestigiar o site que esta nota 10mais ficar na vontade sem escutar o cd !

Rafael Arruda said...

Coral sem ensaio ?
Risadas dispensaveis ?
Exus incorporados ?

Você deve ter acompanhado passo a passo a gravação do disco pra fazer esses comentários né ?!

O Coral está tão mal ensaiado que todos os festivais que a Aldeia vai, ela ganha. Deve estar tão mal ensaiado o coral que ja se esgotou o cd Casa de Lei !

Lamentavél esse tipo de comentário ! Alias qual a sua referencia pra música, já estudou pelo menos o Bona ?!

Yan Kaô (Obashanan) said...

Caro Rafael, Saravá!
Não vou levar em consideração o teor irônico de sua mensagem e muito menos a grosseria e a falta de educação com que você vem neste espaço tentar demonstrar sua opinião. Na verdade eu publiquei sua mensagem porque você não é um dos inúmeros “fakes” que por aqui se apresentam, oriundos de uma certa corrente pseudo-umbandista que é, de certa forma, muito ligada aos autores do disco em questão. Você deu sua cara prá bater, expôs sua opinião abertamente, assim como eu fiz. Então segure a onda:
1) Se você sabe ler, deve ter visto que em momento algum coloquei-me numa posição de ataque ao disco. Muito pelo contrário. Elogio a Curimba, a gravação e mesmo a qualidade gráfica. É um bom disco, sim. Mas veja, infelizmente prá você (e prá outros neofascistas do santo que querem impor “codificações” e “verdades imutáveis”) ainda vivemos numa democracia, onde liberdade de expressão é necessária e definitiva e por isso mesmo, não me omito de dizer o que penso, por isso teci os comentários que estão expostos como objetivo final – preste atenção – de ser uma ferramenta positiva para o Engels (que eu conheço e admiro, já tocamos juntos certa vez) e seus ogãs, no que tange à produção e à qualidade sonora. Assim, minhas críticas – que foram poucas – se dirigem a ajudar o crescimento de tudo que se refere às religiões afrobrasileiras. Acho que me fiz entender, ou não? São suas palavras e sua interpretação que querem dar a tônica verborrágica negativa aonde não há nenhuma intenção por trás. Na minha opinião (posso ter opinião, ou não? Você deixa?) certas colocações em discos e apresentações só fazem nossos símbolos sagrados serem olhados como aberração e como esquisitice por várias pessoas. Já basta sermos alvo de intransigência dos neopentecostais. Não precisamos ser vítimas de nossa própria fragilidade. Assim, não concordo com a exposição em gravações, pelo menos, de Exus dando risada, ou a exposição desnecessária daquilo que é sagrado nos nossos templos, ilês, tendas e abacás. Como tudo em nossa Banda, temos de ter cuidado ao expormos ao profano aquilo que “eró”, ou “awô”. Mas é claro, tem gente que não se preocupa com isso. O que importa mesmo é esgotar a venda de discos, não é?
2) O coral está desafinado em vários pontos sim. E se você soubesse o que é o Bona, iria perceber isso claramente. E novamente digo que tal condição não invalida o resultado final da obra, ok? Não acompanhei a gravação do disco, pois se tivesse feito, você pode ter certeza, não passariam muitos dos erros que apontei. Aliás, me diga, o pessoal da Aldeia estuda o Bona? Não seria melhor estudarem o Pozzoli, já que estamos falando de percussão (atabaques são instrumentos de ritmo, sabia?)? Bom, respondendo sua pergunta já estudei tanto o Bona quanto o Pozzolli. Se quiser, podemos nos encontrar prá ver quem estudou mais, o que acha?
3) Quanto a festivais de Curimba, não me interessa quem ganha ou quem perde. Prá mim e prá quem toca tambor de fundamento, isso tanto faz. Não participo, não assisto, não apoio, muito pelo contrário. Festivais de curimba são uma das piores coisas que estão acontecendo hoje em dia no movimento, distorcendo os pontos, fazendo tudo virar um pastiche comercial com objetivos escusos e pior, levando para o terreiro cantigas que não tem nada de espiritualmente inspirado. O que antes era recebido pela mediunidade e pelo contato positivo com o astral superior hoje é composto dentro de botecos regados a cerveja e caipirinha (mas como muitos livros de hoje foram psicografados em açougue, fica por isso mesmo, né não?), com letras no mínimo básicas e sempre com a cara de samba enredo. Festivais de Curimba? Tô fora e espero que quem tenha um mínimo de relação com o sagrado através do canto e de dança, repense melhor sobre isso, sob o risco de, daqui a alguns anos, perdemos toda a vibratória de invocação de nossas entidades.No mais, muito força e longe de estarmos em desarmonia, que possamos escutar uns aos outros e repensarmos nosso modo de nos dirigirmos a outrem antes de julgarmos palavras e atitudes.

Um sarava profundo!

Danyelle said...

Olá amigos acredito que os comentários acima, tem muito tempo, mais quero registrar apenas o quanto fiquei feliz por ter participado da Aldeia por muito tempo e fazer parte da percussão dos atabaques deste CD, com meus irmãos Rafa Marques, e Eduardo fico muito contente pois a Coroa de Marabô, Pomba Gira Menina (Dona Ivone me ajudou a terminá-lo), Exú 7 Campas pontos recebidos do astral e esta no CD e sei que muitos os cantam, um axé ao meu Instrutor Engels, aqui fica o meu muito obrigado. Hoje faço parte da Coordenação da Escola Umbandarte e espero receber mais pontos do espiritual e compartilhar agora pela minha Escola.

Meu Obrigado á todos!!

Yan Kaô (Obashanan) said...

Olá Danyelle. Que bom que você se alegra em tocar com seus companheiros. Isso é uma das maiores atribuições daquilo que o espiritual pretende para os ogãs e alab~es de nossa religião. Que você e o engels possam sempre ser abençoados em sua tarefa - ainda que tenhamos divergências - somos todos irmãos em Zamby! Ayan Ire Ô!