LADO A: 01.Ele veio de tão longe; 02.Lá na mata tem sete folhas; 03.Caboclo Sete Flexas nasceu no Jardim das Oliveiras; 04.Quem manda na mata é Oxossi; 05.Eu vi chover; 06.A coral e sua cinta; 07.Vestimenta de Caboclo é samambaia; 08.Tupinambá chamei; 09.Caboclinho se perdeu na mata; 10.Filha de babalaô; 11.Chora na Macumba oi ganga; LADO B: 12.Palavra de Vovó Cabinda sacode a poeira da saia; 13.Zoa atabaque; 14.Baba de Orixá; 15.É a Pomba Gire; 16.A Umbanda é um caminho; 17.Palavra de Pai Tomé; 18.Preto Velho quer Tarimbar; 19.Preto Velho quando baixa; 20.palavra de Pai José; 21.palavra do Presidente da cabana São Jorge e vereadora; 22.Ponto de Ogum Sete Espadas; 23.Eu vi Mamãe oxum;
Alguns dos mais raros registros da Umbanda e dos cultos brasileiros não foram feitos pelas grandes gravadoras, mas sim, por pessoas zelosas, médiuns e prosélitos que amavam suas tendas, terreiros e orixás e não se furtavam a pedir permissão às entidades e/ou aos dirigentes para gravarem mensagens, cânticos e ritmos. Uma outra prática ainda era muito comum nos terreiros: e de lançarem discos sob encomenda para serem vendidos visando ajudar financeiramente o templo em questão. Estas gravações e discos são raríssimos, verdadeiras pérolas espalhadas num mar de tantos e tantos registros realizados nestes mais de cem anos de indústris fonográfica.
O registro em questão é um entre os 12 discos mais raros de nosso acervo, que pertencem à categoria daqueles que serviram como lembrança carinhosa para o dirigente da casa. Segundo nos foi informado, só existiram DUAS cópias deste vinil. A gravação foi realizada em 1950, segundo informações. Estava em péssimo estado e foi muito difícil recuperarmos a qualidade sonora. A "capa" trata-se de um velho papelão, onde alguém - talvez de muita idade, dada a imprecisão da caligrafia - escreveu o nome das faixas.
O rito gravado é um misto de Umbanda ritualizada com atabaques e palmas -, além da palavra de entidades (Pai Tomé e Pai José), e uma visita de uma candidata a vereadora que foi pedir força no terreiro para ganhar a eleição da época (talvez tenha sido ela que tenha pago a prensagem dos LPS). Sem comentários sobre isso.
Portanto, nos atenhamos à beleza do ritual. Aqui apresentamos duas faixas: uma, um ponto conhecido de invocação ao Caboclo Tupinambá, com gravação original bem precária e uma conversa de Pai Tomé, que pela proximidade do microfone pode ser ouvida com mais clareza. Registro impressionante, meu povo! E só tem aqui!
Para ouvir a faixa 08, "Tupinambá chamei", clique abaixo:
Para ouvir a faixa 17, "Palavra de Pai Tomé", clique abaixo:
2 comments:
Interpretação exurbitante nesta página, textos deste modo dão vida a quem quer que aparecer nesta página .....
Escreve muito mais de este blog, aos teus visitantes.
Obrigada por compartilhar esse tesouro!
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