Wednesday, November 24, 2010

Lamento aos Orixás - 2006

Lamento aos Orixás - Fernando Santos - CD - Atração

1.Saudação a Oiá; 2.Um Bo-Bo Oiá; 3.Tá no Bongoió; 4.Oxum e os Ixés; 5.Ago Igina - Part. Especial Claudia Telles; 6.Iao no Roncó; 7.Oiá; 8.Euá Dire - Part. Especial Solange; 9.Mapá Moró; 10.Ago Lonan; 11.Ogum e Iansa; 12.Saveiro; 13.Xango; 14.Ago Igina - Bônus - Part. Especial Claudia Telles;

Muitos amigos nos enviam gravações e discos para que estes possam participar do maior acervo de música de terreiro do Brasil, o Acervo Ayom. Mas qual não foi nossa surpresa quando entrou em contato conosco o grande FERNANDO SANTOS, o pai da "Disco Macumba", um criador de grandes clássicos do gênero (que você pode ver clicando aqui: http://acervoayom.blogspot.com/2008/04/o-programa-comea-assimeu-quero-falar.html).
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O Fernando nos mandou este disco de presente, um disco bem diferente do que ele já produziu anteriormente, desta vez com uma proposta sensível e delicada, onde se destacam os backing vocals maravilhosos de Solange, Viviane, Jussara, Betina e da grande Cláudia Telles. E Fernando Santos não fica atrás. Aqui percebe-se que a voz de Fernando ficava em segundo plano em seus antigos trabalhos, quando em relação com os timbres da soul music, onde metais, violinos e a bateria chá-com-pão chamavam mais a atenção para os arranjos do que voz. Aqui, sim, vemos um grande cantor, com uma voz forte, limpa e emocionante em muitos momentos.

O único porém talvez sejam os arranjos de teclados, que caminham demais por progressões harmônicas dissonantes, o que torna o disco um pouco repetitivo (não há nenhuma percussão em nenhuma faixa. Da outra vez chama nóis, Fernando!!!!) , mas que não compromete em nada a proposta inicial - apresentar os cânticos sagrados com um formato bem condizente com a seriedade da proposta espiritual do canto ancestral Yorubá: elevar a alma através da prece cantada à Olorum.

Para ouvir a faixa 02, Um Bo-bo Oiá, clique abaixo:


Thursday, November 18, 2010

O Incrível Fernando Naviskas!


>Fernando Naviskas e eu, esperando o busão, porque artistas também tomam busão!

Fernando Naviskas é hoje, o maior pintor da arte Afro-brasileira.

Suas telas já ilustraram capas de discos importantíssimos da história da música de terreiro e sua coleção de pinturas do cotidiano e do imaginário dos templos do Brasil é fundamental para se compreender a verdadeira dimensão e o alcance da arte na espiritualidade brasileira. Artsita eclético, Naviskas também pinta obras do cotidiano de São Paulo e obras abstratas.

Seu blogue: http://naviskas.blogspot.com/

Para contatá-lo e encomendar obras para sua casa, escreva para: fanav@itelefonica.com.br

Confira abaixo alguns trabalhos de Naviskas.

CAPAS DE DISCOS:







PINTURAS:












































Saturday, November 13, 2010

1.a semana de Umbanda na Cidade de São Paulo

A pedido de nosso amigo Engels de Xangô, divulgamos:




Sunday, October 31, 2010

EXU NO BRASIL - A DANÇA DAS CABAÇAS


Um documentário muito interessante. tirem suas próprias conclusões!!

Parte 1





Parte 2






Parte 3





Parte 4






Parte 5





Parte 6





Parte 7





Parte 8






PARTE 9





PARTE 10





PARTE 11



Saturday, September 25, 2010

Notas sobre o Ayom IV - o símbolo sonoro


A concepção de símbolo sonoro está presente em várias culturas antigas, narradas de forma semelhante. O símbolo sonoro pode ser desde uma grafia antiga onomatopaica até a nota musical de um instrumento que reflita e conte uma história ou um mito e que foi conservada por tradições de estudiosos e mestres em suas artes. O grande maestro Koelreutter, que em comentário feito sobre a "Chacone" de Bach, certa vez declarou: "A música transmite manifestações espirituais. A música é uma linguagem e, como linguagem ela é um meio de transmissão. Ela transmite alguma coisa: uma mensagem, uma informação, e assim por diante. Eu diria então que a música é uma linguagem que entre outras coisas, é capaz de transmitir manifestações espirituais."



Maestro Koelreutter


Além dele, o grande baterista americano Gene Krupa, o criador de quase toda a ergometria do instrumento (Krupa chegou a estudar música africana, dança indiana e teorias interessantes sobre o movimento para definir a altura e a posição das peças da bateria), dizia: "A música é a única arte que consegue carregar a atmosfera com poder".

Gene Krupa

Essas verdades ditas por dois músicos ocidentais encontram eco nas tradições africanas e orientais, que talvez sejam inspiradas em filosofias e verdades mais antigas. Um dos mitos de Ayan fala exatamente disso: a transmissão espiritual através da criação do tambor e da construção da linguagem do canto e da dança. Este mito define cada som retirado do tambor como um atributo a uma potestade espiritual. Assim, glissandos indicam chuva, bordas os trovôes etc, e suas combinações definem a ritualística, simbolizando todos os reinos da natureza e da inteligência como o tradutor do intraduzível: a linguagem divina para a linguagem mental e depois a corporal humana, a dança, para finalmente, todas estas linguagens se encontrarem na síntese do transe espiritual.

Abaixo, em vídeo, um excerto de nossa palestra no TEV - Templo da Estrela Verde, onde narramos um dos raros mitos de Ayan, citado pelo mestre africano Adeleke Sangoyoyin e a explicação de como ocorre, ritualisticamente, a produção de cada som dos tambores, e a expressão do poder de cada divindade através do ritmo apropriado.

Clique abaixo para ver excerto do mito de Ayom:

Tuesday, September 21, 2010

Egungun - 1964





Egungun - LP - Secneb (Sociedade de estudos da cultura negra do Brasil) - 1964
Um disco importantíssimo, raríssimo e maravilhoso: um dos primeiros registros do culto lesé Egun de Itaparica, com a colaboração de quatro figuras lendárias para o povo de santo em todos os tempos: Juana Elbein dos Santos, Nei Lopes, Mestre Didi e Pierre Verger. O disco peca um pouco pela qualidade da gravação, mas consegue captar o que há de melhor nas coisas do "Santo": pureza e autenticidade!
Abaixo, descrevemos as faixas dos lados A e B e o que cada cântico representa dentro do ritual.

Lado A:
1. Iba Orisha Iba Onile
Saudação a Onilé no início de cada cerimônia.
2. Osanyin
Nesta faixa são entoados três cantos louvando a Osanyin, patrono das folhas e da medicina.
3. Egunugun Kigbale
Através deste cântico os ancestrais são chamados a entrar e incorporar-se no mundo dos vivos.
4. Ewo Nile
Aviso de chamada, alguma coisa está para acontecer. O ancestral vai chegar.
5. Oro Abi Oro
Este cântico expressa o significado do rito, reencenando as ligações com a comunidade, trazendo a bondade, felicidade e bem-estar.
6. Onile Mo Bodo Ile
Baba está chegando, ele anuncia-se, saudando os anciões e pede permissão para vir até o barracão.
7. Nile Wa Alagbe
Baba canta, incentivando os Alagbês, os músicos-sacerdotes.
8. Agboula Ago Nile
Quando Agboula vem ao mundo, todas as coisas se tornam felizes.
9. O She Wara Wara
Dois cânticos em homenagem a Xangô, ancestral divinzado da dinastia real de Oyó, onde ainda pode-se encontrar vestígios da comunidade Agboula, suas origens na África. Muitos dos Eguns reverenciados hoje, foram em vida, adoradores de Xangô.

Lado B:
1. Saudações a Baba Olukutun, chefe de todos os antepassados.
2. Loni Ojo Odun
Dois cânticos de grande alegria no festival anual de Baba Olukotum. Uma explosão de fogos intensifica a cerimônia.
3. Kiye Kiye Bo Iroko
Homenagem ao Egun dos antepassados que foram reis em vida.
4. Orisha Wa Iye
Um cântico para chamar as entidades para vir e dançar com alegria.
5. Afulele Ade
Um canto em homenagem à Oya Igbale, rainha e padroeira dos Eguns.
6.Omi Ro
Um dos cânticos mais profundos, que evoca toda ancestralidade do povo africano.
7. Aluja
Os tambores tocar Aluja, o ritmo preferido de Xangô, o maior de todos reis, Alafin de Oyó, senhor da justiça, dono do fogo e do trovão.
Para ouvir a faixa 08, Agboula Ago Nilê, clique abaixo:

Tuesday, September 14, 2010

Titanic - MACUMBA NO ROQUENRÔU!!!!!


Prá você que acha que a música da "Banda" só está presente na música popular brasileira, se enganou redondamente, ela sempre fascinou músicos de todos os estilos...

Banda Norueguesa de Hard Rock fundada em 1973, o Titanic conta com um sucesso inusitado: diz-se que alguns de seus integrantes eram frequentadores dos terreiros de Salvador e que se deixaram realmente amar pelos batuques hipnóticos da Macumba, ao ponto de criarem um clássico absoluto do período, tão importante quanto "Their Satanic Majesties Request" dos Rolling Stones.

Confira clicando abaixo... sonzaço!!





"Macumba" fêz tanto sucesso que foi regravada mais tarde, na era da discoteque, pelo obscuro grupo Marbooo.




É claro que estourou nas paradas de sucesso mundial, pois Macumba boa é a que vem lá de Minas (mineiro e macumbeiro tem em todo lugar do mundo)! Com um arranjo maravilhoso, bem funkeada, com baixão, violinos e chimbal puxadaço! Escutem e dancem! Vale tudo (só não pode incorporar!) e nem colocar prá tocar durante a gira!
Confira "Macumba" na versão Disco:

Monday, September 13, 2010

XII Congresso Afro-brasileiro de Uberlândia

Cerca de 800 pessoas estiveram presentes em cada dia do XII Congresso de Uberlândia que a cada ano está cada vez mais organizado e atraindo mais e mais gente do "santo" de todo o Brasil. Agradecemos especialmente ao nossos filhos Eliton e Alessandro por mais essa oportunidade.


Todas as tradições estiveram presentes!





Mestre Aramaty palestrando

Clique abaixo e escute a entrevista com Mestre Aramaty para a rádio municipal de Uberlândia:
























Grandes Alabês de Uberlândia, ajudando em nossa palestra! Obrigado a todos!




Obashanan

Transmissão e educação nos terreiros. Quase tudo se transmite pelo axé do toque, do canto, da dança e das invocações. Tambor é comunicação!

Com Pai Élcio de Oxalá


Casa cheia. Bateu no tambor, o povo vem!
Clique abaixo e escute a entrevista do Obashanan para a rádio municipal de Uberlândia:















Thursday, September 09, 2010

XII Congresso das Tradições Afro-brasileiras

Fomos convidados, mais uma vez, desta vez com nosso irmão Aramaty, a participar do XI Congresso das Tradições Afro-Brasileiras, na cidade de Uberlândia - MG. Será no dia 10 de setembro, às 21:30, no Center Convention de Uberlândia.

Agradecemos a direção do evento e a todos os amigos pela grata honra dessa participação!

Ayan Irê Ô!

Monday, August 30, 2010

Notas sobre Ayom - III - Quem são os Alabês?




"Éyin omo onilù a fi àrán bantè sosán
Omo agbórí odó lù fún Eégún
Omo agbóríi odó lù fún òòsá
Orò Korin lò Ayan tundè l'Ayè!!!"
(Vocês, da linhagem do tambor, que embelezam seus instrumento com panos e cordas de veludo...
Descendentes daqueles que fizeram o fundamento para o primeiro tambor de Egun...
Descendentes daqueles que fizeram o fundamento para o primeiro tambor de Orixá...
Toquem e cantem, para Ayan voltar à Terra!!)

Primeiro verso dos cânticos sagrados de Ayom.

Hoje os Alabês constituem-se numa das classes mais interessantes dentro das comunidades-terreiros do Brasil.

O nome ALABÊ é de origem Yorubá. Designa, dependendo da entonação, uma cabaça coberta de búzios, um dos símbolos de Ayom/Ayan/Aña e por extensão dos músicos-sacerdotes. Pode significar ainda, num sentido mais profundo, ALÁ – O pano branco; ABÊ – profundidade, aqueles que conhecem a origem, uma alusão ao aspecto Funfun de Ayom.

Ainda que no Brasil erroneamente sejam chamados apenas de Ogãs, os músicos dos templos brasileiros (que podem ser também chamados de Tabaqueiros, Batuqueiros, Xicarangomas, Huntós e outras designações, segundo a tradição a que pertençam...) enfrentam uma posição no mínimo paradoxal dentro destes mesmos templos... É inegável que um dos fatores que mais chamam a atenção é a orquestra ritual e mesmo que o templo conduza os trabalhos apenas com cânticos, ainda assim a música é o ponto de partida mais eficaz e completo para estabelecer o contato com o mundo espiritual. E apesar de toda essa importância, os Alabês são considerados, na maior parte das casas, personagens secundários, no sistema.

Babalawôs da sociedade Oshogboni. Todos são músicos-sacerdotes.
E por que isso acontece? Há que se lembrar que os músicos dos templos raramente aprendem sua atividade com o Pai ou a Mãe de Santo. Aprendem, sim, com um músico mais velho da casa que são verdadeiras fontes vivas dos cânticos e dos toques sagrados. Tal procedimento se destaca de tal maneira que sugere uma espécie de iniciação paralela, onde os segredos rítmicos e as invocações, e a maior parte dos fundamentos muitos sacerdotes desconhecem.
Olubatás africanos com tambores consagrados a Ayan

Mas existe uma explicação: na antiguidade, quatro eram os tipos de sacerdotes: o Babalorixá, que detinha o segredo do culto às potestades; o Babalossain, senhor dos segredos da terra e das ervas, da medicina e da flora; o Babaojê, sacerdote responsável pelo culto aos mortos, ao renascimento e aos mistérios da morte e o Babalawô, o "pai do segredo", o único autorizado a movimentar os segredos de Ifá e os mistérios do Okpelê e do Opon, jogos oraculares de extrema complexidade.

Todos estes sacerdotes se completavam num único e sólido sistema. Assim, surgiram sociedades secretas que primavam pela manutenção e integridade do culto. Ora, na antiguidade (até mesmo entre os egípcios, indianos, gregos e chineses) a música era o termômetro e o aferidor da igualdade entre os diversos templos. Ela deveria ser basicamente a mesma em todas as casas de iniciação, com o mínimo de variações possíveis, para que pudesse haver uma estabilidade de culto. E esta estabilidade é que conferia coesão a todas as partes do estado, reino ou império.

A música e o mistério de Ayom estavam entre os últimos aprendizados dos Babalawôs de mais alto grau, fazendo do conhecimento do som e dos éteres como a quinta fase sacerdotal. Quando atingiam esse nível eles eram chamados de ALAGBÁS, os "Sacerdotes Anciões", aqueles que impõem respeito ou ocupam um lugar de honra. Ainda hoje, ALAGBÁS são os chefes do mistério dos cultos egungun (este culto possui uma relação muito estreita com os fundamentos dos tambores, nos sentidos invocatórios e de transe) e todos, Babalorixás, Babalossains, Babaojes e Babalorixás, quando em seu mais alto grau, detinham esse título.




Fundamento de Ayom/Ayan/Aña com os símbolos dos Guerreiros, Mães, Reis e dos Funfun, representados por Ayan, e os sete tambores de fundamento. No TEV - Templo da estrela verde - SJRP
Por motivos políticos, em determinada época, houve uma revolta entre aqueles que não queriam ser vistoriados e aferidos. Os Alagbás foram perseguidos – talvez levassem consigo a maldição contida nas lendas de Ayom, onde o músico deverá lidar para sempre com emoções, ambientes e sentimentos infernais. Estes foram torturados, mortos e/ou tornados escravos, muitos deles sendo vendidos para o tráfico, já em tempos mais recentes. A sua atividade foi reduzida ao status da submissão aos outros sacerdotes, que passaram a lhes chamar de ALAGBÊS – os mendigos (Alá – gbés: perder-se no pano branco, estar perdido para o céu, os decaídos). A lembrança deste título permanece até hoje, na iniciação de muitos Alabês no Brasil e em outros países das américas: o ritual da salva no chão, onde se coloca dinheiro nos pés do atabaque, além do hábito de muitos Alabês serem itinerantes, cobrando para tocar nos templos.

Maldição? Tradição? Talvez ambas. Onde uma começa e outra acaba?

Analisando esses fatores, percebemos que há raríssimos Babalawôs que são verdadeiros Alagbás, pois além de traduzirem o cargo de sacerdotes dos Orixás, conhecerem profundamente o mistério das ervas, atenderem as necessidades dos cultos dos ancestrais e serem profundos perscrutadores dos mistérios do Ifá, conhecem também os mistérios do Ayom, dos toques e ritmos sagrados.

Ayom, do Eterno Retorno, aquela que sempre renasce com as canções de Oshupá Iwènumòó, a Lua Nova da Purificação.

Saturday, August 28, 2010

A mensagem de Ary Lobo - 1979








Ary Lobo – A mensagem de Ary Lobo - 1979 – Alladin Records

01. Baião do coração (Nelson Trigueiro / Tony Garça); 02. Só eu fico aqui (João Gonçalves / Ary Lobo); 03. Ei pomba gira (Álvaro Matos); 04. Buscas (Lindolfo Mastellaro); 05. O grande arquiteto (Joaquim Borges); 06. Amor e paz (Joaquim Borges); 07. No Pará não tem seca (Airão Reis / Darci Ayrão); 08. Meu São Carlos (Chico Caldas / Albuquerque); 09. Festa no mar (Amadeu Macedo / Tony Garça); 10. A Hora do adeus (Airão Reis / Darci Ayrão); 11. Caicó também está no mapa do Brasil (Severino Ramos / Ary Lobo); 12. Tem francês no samba (Nelson Trigueiro / Tony Garça);



rranjos e direção de Sylvio Viana, músicos: Armando Nunes (Violão), Guaracy (Cavaquinho), Raul de Barros (Trombone) e Jaime Storino (Bateria).

Gabriel Eusébio dos Santos Lobo (Belém, Pará, 14 de agosto de 1930 — Rio de Janeiro, RJ, 22 de agosto de 1980), mais conhecido como Ary Lobo, foi um dos inúmeros cantores e compositores brasileiros que seguiam as religiões afro-brasileiras e as cantavam em seus discos, dedicando pelo menos uma ou duas faixas ao tema.


Ary Lobo


Ary Lobo teve mais de 700 músicas gravadas, por ele e outros cantores, músicos e intérpretes. Era defensor da música nordestina de raiz.

De estilo semelhante ao de Jackson do Pandeiro, cantando derivativos do baião, além de cocos e rojões, Ary Lobo lançou vários sucessos nos anos 50 e 60 em seus nove LPs na RCA. Retratava a vida e os costumes nordestinos em números divertidos, como "Cheiro da Gasolina" e "Madame Paraíba". Este disco, "A mensagem de Ary Lobo" foi seu último lançamento e a maior parte das letras possui mensagens de espiritualidade. Estas faixas com arranjos recheados de teclados, com arranjos mais próximos de boleros e rumbas.

Sua gravação mais conhecida é, provavelmente, "O Último Pau-de-Arara".

Para ouvir a faixa 03 "Ei pomba gira", clique abaixo:




Monday, August 16, 2010

Les revenants de Ouidah - 1943



Les Reveants de Ouidah - EP - Discafric - 1943

Lado A: Savi Gnon Nou Lê;

Lado B: Ibahê;

Disco raríssimo, registra o culto Egun como era realizado no antigo Daomé. Podemos ouvir os instrumentos dos Alayans, Dunduns e Batás (no verdadeiro fundamento, Alabês e Ojès possuem uma importante e inseparável conexão espiritual e ritualística, sacralizada nas varas rituais). Na faixa apresentada abaixo, podemos escutar o diálogo entre o Ojè e o Ancestral materializado nas roupas e máscaras sagradas.

Por falar nisso, lembrem-se: jamais toquem em um Egun!!

Para ouvir a faixa Ibahê, clique abaixo: